quinta-feira, 12 de setembro de 2013

IDAS E VINDAS DO AMOR ou ALTOS E BAIXOS DO AMOR... TANTO FAZ! - Qual a causa disso tudo?


Quem não sabe o quanto é complicado relacionamentos a dois? Basta imaginarmos um singelo casal... Imaginou? Pode ser qualquer tipo de casal, de qualquer  opção sexual. Agora imagine este casal em uma convivência diária ou não (podem não morar juntos). Dormem juntos, acordam juntos, fazem refeições juntos, assistem  TV  juntos, passeiam juntos, fazem sexo juntos. Cria-se pouco a pouco uma rotina, que embora pareça saudável, muitas vezes é camuflada, causando aos outros uma impressão de que está tudo bem, quando na verdade não está.  Aí todos costumam repetir aquele velho blá-blá-blá: para dá certo tem que ter companheirismo, cumplicidade, tolerância, amor, amizade, compreensão... etc. e tal. Teorias, só teorias. A boa e velha prática é deveras complicada. As diferenças entre os casais abrangem aspectos étnicos, regionais, culturais e sociais. Cada caso é um caso em particular. Aí alguém pergunta: será que na época de Adão e Eva existiam tantos conflitos? Provavelmente não, já que não havia outras pessoas para interferirem na relação do casal, ou seja, não existiam outros casais para serem comparados, imitados ou invejados. E na Idade da Pedra? Bem, aí já era outra história. Os homens costumavam exercer sua autoridade de forma rude e grotesca (mudou muito hoje em dia?) e a pobre mulher submetia-se a atos de violência, aprendia a obedecer no grito e no tapa (violência doméstica, alguma semelhança com os dias atuais?) Com o passar do tempo, as mulheres começaram a aprender  a defenderem seus direitos, a impor idéias e opiniões, aprenderam a gritar (também) e pouco à pouco vão conquistando seu espaço dentre esta sociedade machista. Só existe um porem bastante considerável: as mulheres são julgadas e criticadas por seu comportamento, na maioria das vezes, pelas próprias “colegas” de sexo (pense numa classe desunida!). E vocês acham que todo esse comportamento não interfere na relação dos casais? Claro que sim! Afinal, as mulheres vivem competindo entre si para verem quem tem o marido (namorado, amante, ficante, etc.) a casa, as roupas, os sapatos, o cachorro, o cabelo, as unhas, o cabeleleiro, corpo (é uma longa lista) melhor que o da outra. Já os homens, disputam entre si a marca do carro, o time de futebol, o relógio, o cordão do pescoço, o tamanho do órgão sexual e a quantidade de mulheres que pegam. Será que existe competição nisso tudo??? Todos vivem bem e em perfeita harmonia com seus cônjuges (de ambas as partes) até que se prove o contrário. E segue-se a vida, achando-se que o quintal do vizinho é sempre mais bonito que o nosso. Aí você pergunta: o que tem à ver todo esse blá-blá-blá com o título desse texto? A resposta é simples: tudo ou quem sabe nada. Vai depender do ponto de vista de cada um. Se você acredita que sua vida parece de alguma forma com o que foi aqui descrito, poderá encontrar o verdadeiro sentido deste texto. Tá confusa? Não fique! Tá me achando confusa? Não estou!  

terça-feira, 30 de abril de 2013

A SAÚDE EMOCIONAL

Olá amigos do blog.
 
A vida da gente anda tão corrida, não é verdade? Ainda bem que podemos parar vez ou outra e interagirmos através de uma conversa presencial ou por telefone ou por um site social. Para mim, não importa a forma com que é utilizada a comunicação, desde que ela ocorra.
Gosto muito de discorrer sobre assuntos que fazem parte do nosso dia-a-dia. Sobre coisas que nos tocam diretamente e que interferem no nosso comportamento, nas nossas atitudes. Vivemos em um mundo onde as pessoas cada vez mais se preocupam menos umas com as outras. Onde o próprio umbigo de cada um parece ser bem mais interessante de olhar do que seu semelhante. Problemas? Quem não os tem? Infelizmente, costumamos engrandecer nossas aflições a tal ponto que estas muitas vezes acabam transformando-se em "monstros" gigantescos ao ponto de quase nos engolir totalmente. Eis nosso grande erro: quando deixamos que os problemas tomem conta de nossas mentes a tal ponto que nos alienamos a eles e esquecemos de buscar alternativas para resolve-los. E aí? Como é que fica então? Soluções não caem de paraquedas. Temos que ter consciência que o mundo não deixará de girar à espera de que nossos problemas acabem. A vida segue, as oportunidades passam, nós envelhecemos, tudo move-se sem interrupções ao nosso redor. E chega a hora do despertar, de falarmos para nós mesmos: basta! Basta de sermos coitadinhos, de sermos acomodados, de sermos pessimistas, preguiçosos, covardes! Problemas, podem vir de montão! Temos que ter consciência que a vida segue em perfeito equilíbrio de ações e consequências. Nada é bom ou ruim para sempre. Mas a intensidade com que somos atingidos pelos problemas depende de cada um de nós. Somos os donos dos nossos pensamentos e atitudes. Coloquei este texto intitulado "A SAÚDE EMOCIONAL" para ficarmos cientes que nossas emoções comandam nossa mente, nossas atitudes, nossas iniciativas de buscarmos resolver todos os enlaces de nossas vidas. A mente é um elemento poderoso que nos torna capazes de discernir sobre a melhor forma de agirmos diante de quaisquer adversidades que possam surgir em nossas vidas. Que procuremos cada vez mais manter nossas mentes sãs para que nosso corpo também o seja. E, desta forma, possamos ter um melhor controle e equilibrio em nossas vidas. Não possuo conhecimento abrangente sobre os efeitos orgânicos que nossa mente possui sobre nosso corpo, mas possuo a firme convicção de que nossas mentes tem o poder ilimitado de manter nosso equilibrio interior, de forma que possamos estar prontos para quaisquer transtornos que a vida nos ofereça. Paz e luz para todos nós.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

CRIAR BICHOS DE ESTIMAÇÃO: excelente oportunidade para conhecer pessoas


Olá amigos (as).

Sempre gostei de ter em minha casa animais de estimação. Atualmente possuo: dois hamsters (Cotonete e Coton Jr) e um cachorrinho (Peter). Desde criança fui acostumada a ter animais em casa e da mesma forma acostumei meu filho a gostar da presença de animais domésticos. Acredito que conviver com tais bichinhos nos traz benefícios favoráveis, tais como: melhora do humor, diminuição do stress, ativa nossa sensibilidade para com pessoas e animais, enfim, nos tornam pessoas melhores.
Descobri, ainda, que através destes animais podemos interagir com outras pessoas que também possuem animais ou mesmo que não os possuam simpatizam com os mesmos. Recentemente participei (pela primeira vez) da comemoração de um aniversário de uma cadelinha linda chamada Amelie, cuja proprietária está estreitando laços de amizade comigo, primeiramente de forma profissional e depois por termos animais de estimação da mesma categoria. No aniversário que mencionei, encontrei mais pessoas com interesse semelhante, que pouco à pouco vão se tornando parte de um círculo de amizades iniciada à partir dos seus bichinhos de estimação. Vê-se então o quanto é gratificante termos estes bichinhos fazendo parte de nossas vidas. Aconselho a todos que gostam de bichinhos de estimação a procurarem adquirí-los, seja através de adoção, seja através de um presente dado por alguém, seja através de uma pet shopping, não importa. Garanto que ao recebê-los em sua casa, sua vida nunca mais será a mesma, ficará ainda melhor.
Vale salientar, que não basta somente tê-los, é necessário darmos carinho, atenção, ter todos os cuidados de higiene necessários, cuidados com a saúde do animal, afinal, eles merecem tanto respeito quanto qualquer outro ser vivo. E em troca, ele sempre estará pronto para amá-lo e torna-se seu bom companheiro para muitos momentos bons ou ruins de sua vida. Vale a pena!

Um grande abraço em todos.

sábado, 7 de julho de 2012

Rachel JESUTON, sucesso garantido!!!




Amigos(as),
Só hoje tomei conhecimento da existência desta MAGNÍFICA cantora (ainda não profissional), mas tenho certeza que por pouco tempo...JESUTON.
Ela canta e encanta nas ruas da Cidade do Rio de Janeiro. Comentam que ela é inglesa, que seu verdadeiro nome é Rachel Amosu, mas usa o nome de JESUTON.
Ela simplesmente tem um vozeirão!!!
Interpreta com perfeição músicas gravadas por Amy Winehouse, Adele, Roberta Flack, Rolling Stones e outros...
Quem tem o prazer e a sorte de ouví-la nas ruas deve aproveitar o máximo, pois com toda a certeza logo ela estará famosa e seus shows começarão a ser cobrados proporcional ao de muitos famosos...Esperem e verão! Sucesso Rachel!!!!!!!
Vou deixar publicado aqui alguns vídeos dela para deleite de vocês...Beijão em todos.




http://www.youtube.com/watch?feature=endscreen&v=TpZPSgSgssE&NR=1

http://www.youtube.com/watch?v=oEgUfX-Eb7Y&feature=relmfu

http://www.youtube.com/watch?v=fnT0eyvHh6A&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=zAsY6CAW-KU&feature=related

terça-feira, 3 de julho de 2012

Minha infância e adolescência...Tempo bom!












Olá amigos(as).
Estava hoje a lembrar do meu tempo de criança e adolescente e  percebi o quanto me é saudosa esta época. Foi uma fase de minha vida de muitas descobertas, boas amizades, muitas brincadeiras, sobrevivência junto à minha mãe (meus pais se separaram quando eu tinha 9 anos) e nesta etapa da separação deles eu vivi momentos difícies, complicados para a minha cabecinha de criança. Mas o tempo encarregou-se de colocar todos os pingos nos "ís" e cá estou a apenas lembrar, sem ressentimentos.
Mas, voltando a falar em coisas boas, lembro muito das amigas da época, algumas se fazem presentes na minha vida até hoje. Algumas amizades tornaram-se tão solidificadas, que considero até como parte da família e se elas lerem esta publicação, saberão de quem estou falando (minhas eternas vizinhas e amigas do coração).
Do que eu brincava na época? Deixa eu lembrar...De esconde-esconde, andar no velocípede(triciclo), na bicicleta, trinta e um alerta, tica (pega-pega), estátua, roda, pular no elástico, queimada, casinha de boneca, colecionar figurinhas (moranguinho, princesas, amar é..., etc), desfilar com as amigas, cozinhar no fundo do quintal, época da boneca Susy e seu namorado Bob, boneca Amiguinha, boneca Mamãezinha, quando saíram aqueles bonecos que tomavam água e faziam xixi, aquela boneca feita de pelúcia que ficava deitada enfeitando a cama (dorminhoca), meu primeiro jogo de damas e ludo (que mamãe manteve escondido um tempão dentro do guarda-roupas até o natal para depois dizer que foi Papai Noel quem trouxe - não sabe ela que na época, eu que mexia em tudo, já havia achado e havia deixado no mesmo lugar - foi quando descobri que Papai Noel não existe). Tinha uns amigos que costumavam vir de férias do Rio de Janeiro, cuja a avó morava na mesma rua que eu, e costumávamos brincar muito no quintal desta senhora, onde corríamos muito, fazíamos barulho,  caíamos no buraco enorme cheio de folhas que tinha no fundo do quintal...(risos...) Havia também a brincadeira das frutas, onde havia meninos e meninas, onde os meninos aproveitavam para darem os primeiros "selinhos" nas meninas...(risos). Na escola, época do ginasial (ensino fundamental), houve as primeiras paqueras, bilhetinhos, cochichos, muitas curiosidades e despertar para a fase dos namoricos, beijos roubados, matinês nos clubes patrocinados pela escola, aprendendo a dançar, a beijar. Época muito boa foi a da ginástica rítmica, onde havia os ensaios, as apresentações. São muitas as recordações...A saudade. Mas, o importante é ter muitas histórias para contar, boas coisas para lembrar, as experiências adquiridas em cada momento. São fases que o vento não leva, que tem valor sentimental, são os tesouros preciosos da nossa vida que não possuem preço. Por isso, posso afirmar hoje, que tive momentos muito felizes na minha infância e adolescência.
E vocês, amigos(as)? Quais coisas marcaram a vida de vocês nesta época?


Um forte abraço em todos...

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Histórias que aquecem o coração...

 

O presente da costureira de colchas


Era uma vez uma costureira de colchas que vivia numa casa no cimo das montanhas de bruma azulada. Até o mais idoso dos tetravôs não se lembrava de um tempo em que ela não estivesse lá em cima a coser, dia após dia.
Aqui e ali, e onde quer que o sol aquecesse a terra, dizia-se que ela fazia as colchas mais belas que alguma vez se tinha visto.
Os azuis pareciam vir do mais profundo do oceano; os brancos, das neves mais boreais; os verdes e os púrpuras, das abundantes flores silvestres; os vermelhos, os cor-de-rosa e os cor-de-laranja, do mais maravilhoso dos pores-do-sol.
Algumas pessoas diziam que os seus dedos eram mágicos. Outras murmuravam que as suas agulhas e tecidos eram dádivas do povo das fadas. E outras diziam ainda que as colchas tinham caído de anjos que por ali passavam.
Muita gente subia a montanha, com os bolsos a abarrotar de oiro, na esperança de comprar uma daquelas maravilhosas colchas. Mas a costureira não as vendia.
— Dou as minhas colchas aos que são pobres ou não têm casa — dizia a todos os que lhe batiam à porta. — Não são para os ricos.
Nas noites mais frias e escuras, a costureira descia até à cidade, no sopé da montanha. Percorria as ruas calcetadas até encontrar alguém a dormir ao relento. Então, tirava do saco uma manta acabada de fazer, enrolava-a nos ombros dos que tremiam de frio, aconchegava- os bem, e afastava-se depois em bicos de pés.
No dia seguinte, depois de beber uma chávena fumegante de chá de amoras, começava uma nova manta.
Por esta altura, vivia também um rei, senhor de muito poder e ambição, que, mais do que tudo, gostava de receber prendas.
Os milhares e milhares de lindíssimos presentes que recebia pelo Natal e pelo seu aniversário nunca lhe chegavam. Proclamou, então, uma lei que dizia que o rei passaria a festejar o seu dia de aniversário duas vezes por ano.
Quando isto também deixou de o satisfazer, deu ordens aos seus soldados para procurarem pelo reino as poucas pessoas que ainda não lhe tinham dado prenda alguma.
No decurso dos anos, o rei foi ficando com quase todas as coisas mais bonitas do mundo. Os seus inúmeros bens estavam empilhados um pouco por todo o castelo. Em gavetas ou prateleiras, em caixas e arcas, em armários e sacos.
Coisas que brilhavam, cintilavam e tremeluziam.
Coisas extravagantes e práticas.
Coisas misteriosas e mágicas.
Eram tantas, que o rei tinha uma lista de tudo o que possuía.
Mas, apesar de ser dono de todos estes tesouros maravilhosos, o rei não sorria. Não era nada feliz.
— Deve haver, algures, algo de bonito que me faça, finalmente, sorrir — ouvia-se o rei dizer muitas vezes. — E hei-de tê-lo.
Um dia, um soldado entrou precipitadamente no castelo com a notícia de uma mágica costureira de colchas que vivia nas montanhas.
O rei bateu com o pé no chão.
— E por que razão essa pessoa nunca me deu nenhuma das suas colchas de presente? — perguntou ele.
— Ela só as faz para os pobres, Vossa Majestade — respondeu o soldado. — E não as vende por dinheiro algum.
— Isso é o que vamos ver! — bradou o rei. — Tragam-me um cavalo e mil soldados.
E partiram à procura da costureira de colchas.
Quando chegaram a casa dela, esta limitou-se a rir.
— As minhas colchas são para os pobres e necessitados, e vê-se facilmente que não és nem uma coisa nem outra.
— Eu quero uma dessas colchas — exigiu o rei. — Talvez seja o que finalmente me fará feliz.
A mulher pensou por um momento.
— Oferece tudo o que tens — disse — e então far-te-ei uma manta. Por cada prenda que deres, acrescento um quadrado à manta. Quando tiveres dado todas as tuas coisas, a tua manta estará terminada.
— Dar todos os meus maravilhosos tesouros? — gritou o rei. — Eu não dou, eu recebo!
E, dito isto, deu ordem aos soldados para se apoderarem da linda manta de estrelas da costureira.
Mas, quando se precipitaram sobre ela, a mulher lançou a manta pela janela e uma forte rajada de vento levou-a.
O rei ficou muito zangado. Levou a costureira montanha abaixo, atravessou a cidade e subiu outra montanha, onde os seus ferreiros reais fizeram uma grossa pulseira de ferro. Acorrentaram-na a uma rocha, na gruta de um urso que estava a dormir.
O rei pediu-lhe novamente uma manta, e uma vez mais ela recusou.
— Muito bem, então — respondeu o rei. — Vou deixar-te aqui. Quando o urso acordar, tenho a certeza de que vai fazer de ti um óptimo pequeno-almoço.
Quando, algum tempo mais tarde, o urso abriu os olhos e viu a costureira na gruta, equilibrou-se nas fortes pernas traseiras e soltou um rugido que sacudiu os ossos da mulher. A costureira ergueu os olhos para o urso e abanou tristemente a cabeça.
— Não admira que sejas tão resmungão — disse. — Para além de rochas, não tens nada onde possas à noite descansar a cabeça. Arranja-me um braçado de agulhas de pinheiro e, com o meu xaile, far-te-ei uma almofada grande e fofa.
E foi isso que fez. Nunca ninguém fora antes tão amável para com o urso. Este partiu a pulseira de ferro da mulher e lhe pediu que lhe fizesse companhia durante a noite.
Mas, embora o rei desempenhasse bem o papel de homem ambicioso, desempenhava mal o papel de homem malvado. Durante toda a noite não conseguiu dormir, a pensar na pobre mulher, na gruta.
— Oh, meu Deus, o que é que eu fui fazer? — lamentava-se.
Acordou os soldados e lá marcharam todos em pijama até à gruta, para a salvarem. Mas, quando chegaram, o rei encontrou a costureira e o urso a tomarem um pequeno-almoço de frutos silvestres e mel.
Então, o rei esqueceu por completo a pena que sentira e voltou a ficar zangado. Ordenou aos construtores reais de ilhas que construíssem uma ilha tão pequena que a costureira só lá pudesse ficar em bicos de pés.
Novamente o rei lhe pediu uma manta e novamente ela recusou.
— Muito bem — respondeu o rei. — Esta noite, quando estiveres demasiado cansada para te manteres em pé e quiseres deitar-te para dormir, afogar-te-ás.
E o rei deixou-a só na minúscula ilhota.
Pouco depois de ele partir, a costureira viu um pardal atravessar o grande lago. Soprava um vento forte e violento e o pobre pássaro não parecia capaz de chegar a terra. A costureira chamou-o e ele poisou no ombro dela para descansar. Como o pobre e cansado pardal estava a tremer, a senhora fez-lhe uma capa de um pedaço de tecido do seu colete púrpura.
Quando a ave se sentiu mais quente e o vento parou de soprar, levantou voo de novo, grato pelo que a costureira lhe tinha feito.
Dali a pouco, o céu escureceu devido a uma enorme nuvem de pardais. Com as asas sempre a bater, milhares deles desceram, pegaram na mulher com os seus pequeninos bicos e levaram-na em segurança para terra.
Novamente nessa noite, o rei não conseguia dormir a pensar na senhora, sozinha na ilha.
— Oh, meu Deus, o que é que eu fui fazer? — lamentava-se.
Voltou a acordar os soldados que estavam a dormir, e lá marcharam em pijama até ao lago, para libertarem a costureira. Mas, quando chegaram, ela estava sentada no ramo de uma árvore a coser minúsculas capas cor de púrpura para todos os pardais.
— Desisto! — gritou o rei. — O que tenho de fazer para me dares uma manta?
— Como já te disse — respondeu ela — oferece tudo o que tens e eu faço-te uma manta. E, por cada prenda que dês, acrescento mais um quadrado à tua manta.
— Não consigo fazer isso! — gritou o rei. — Eu adoro todas as minhas lindas e maravilhosas coisas.
— Mas, se elas não te fazem feliz — retorquiu a costureira — para que servem?
— Lá isso é verdade — suspirou rei.
E pensou muito, muito, no que ela dissera. Pensou durante tanto tempo, que as semanas se sucederam umas às outras.
— Pronto, está bem — disse entredentes. — Se tenho de me libertar dos meus tesouros, então que seja!
O rei regressou ao castelo e procurou, de uma ponta a outra, qualquer coisa da qual conseguisse abdicar.
De sobrolho franzido, lá acabou por encontrar um simples berlinde. Só que o rapazinho que o recebeu retribuiu-lhe o gesto com um sorriso tão radiante, que o rei regressou ao castelo para ir buscar mais coisas.
Por fim, pegou num monte de casacos aveludados e foi distribuí- los pelas pessoas vestidas de trapos. Ficaram todas tão contentes, que se puseram a desfilar pelas ruas da cidade.
Mas, ainda assim, o rei não sorria.
Em seguida, foi buscar uma centena de gatos siameses azuis, que dançavam valsas, e uma dezena de peixes transparentes como vidro. Depois, deu ordem para que trouxessem para fora o carrocel com os cavalos verdadeiros. As crianças gritaram de entusiasmo e puseram-se a dançar em redor dele.
O rei olhou à sua volta e viu as danças, a felicidade e a alegria que os seus presentes tinham trazido. Uma criança pegou-lhe na mão e puxou-o para dançar. O rei agora sorria e até soltava gargalhadas.
— Como é isto possível? — exclamou. — Como é possível eu sentir-me tão feliz por dar as minhas coisas? Tirem tudo cá para fora! Tirem tudo imediatamente!
Entretanto, a costureira manteve a sua palavra e começou a fazer uma manta especial para o rei. Por cada presente que ele dava, ela acrescentava mais um quadrado à manta.
O rei continuou a dar e a dar. Quando, por fim, não havia mais ninguém que não tivesse recebido alguma coisa, o rei decidiu ir pelo mundo e procurar outras pessoas que precisassem das suas prendas.
Antes de partir, o rei prometeu à costureira que lhe enviaria um pardal, de todas as vezes que desse alguma coisa.
De manhã, à tarde e à noite, as carroças partiam da cidade, cada uma delas carregada até cima com todos os objectos maravilhosos do rei. E durante anos e anos, os pardais mensageiros foram voando até ao peitoril da janela da costureira, à medida que ele ia esvaziando lentamente os seus carros por onde quer que passasse, trocando os seus tesouros por sorrisos.
A costureira trabalhava sem parar e, pedaço a pedaço, a manta do rei foi crescendo, cada vez maior e mais bonita.
Por fim, certo dia, um pardal cansado entrou-lhe pela janela e poisou na agulha. A costureira compreendeu imediatamente que este era o último mensageiro. Deu o último ponto na manta e desceu a montanha em busca do rei.
Após uma longa busca, encontrou-o finalmente. As suas vestes reais estavam agora em farrapos e os dedos dos pés espreitavam-lhe das botas. Os olhos brilhavam de alegria e o riso era maravilhoso e sonoro. A costureira retirou do saco a manta e desdobrou-a. Era de tal forma bela, que borboletas e colibris esvoaçavam à sua volta. Ergueu- se em bicos de pés e pô-la à volta do rei.
— O que é isto? — exclamou ele.
— Prometi-te há muito tempo — disse ela — que, quando fosses pobre, te daria uma manta.
O sorriso radiante do rei fez cair maçãs e levou as flores a voltarem-se para ele.
— Mas eu não sou pobre — disse. — Posso parecer pobre mas, na verdade, o meu coração está cheio a mais não poder, com as recordações de toda a alegria que dei e recebi. Agora sou o homem mais rico.
— Mesmo assim, fiz esta manta só para ti — disse a costureira.
— Obrigado — respondeu o rei. — Mas só fico com ela se aceitares uma prenda minha. Há um último tesouro que ainda não dei. Guardei-o todos estes anos para ti.
O rei retirou o seu trono do carro velho e frágil.
— É mesmo muito confortável — disse o rei. — E o ideal para quem passa longos dias a coser.
A partir desse dia, o rei voltou muitas vezes à casa da costureira de colchas, que ficava bem lá em cima, perto das nuvens.
Durante o dia, a costureira fazia lindas colchas que não vendia e, à noite, o rei levava-as para a cidade. Procurava, então, os pobres e infelizes, pois nunca se sentia tão feliz como quando dava alguma coisa a alguém.






Palavras...ou serão poemas em forma de música?!

 

Mulher, Vou Dizer Quanto Eu Te Amo

(Chico Buarque)
Mulher, vou dizer quanto eu te amo
Cantando a flor
Que nós plantamos
Que veio a tempo
Nesse tempo que carece
Dum carinho, duma prece
Dum sorriso, dum encanto

Mulher, imagina o nosso espanto
Ao ver a flor
Que cresceu tanto
Pois no silêncio mentiroso
Tão zeloso dos enganos
Há de ser pura
Como o grito mais profano
Como a graça do perdão
E que ela faça vir o dia
Dia a dia mais feliz
E seja da alegria
Sempre uma aprendiz
Eu te repito
Este meu canto de louvor
Ao fruto mais bendito
Desse nosso amor


http://www.youtube.com/watch?v=EsfyORSaKmY

Será que Cristina Volta?

(Chico Buarque)
Será que Cristina volta, será que fica por lá
Será que ela não se importa de bater na porta pra me consolar
Noite dia me pergunto, meu assunto é perguntar
Será que Cristina volta, sei lá se ela quer voltar
Será que Cristina volta, será que fica por lá
Cheio de saudades suas procuro nas ruas quem saiba informar
Uns sorrindo fazem pouco, outros me tomam por louco
Outros passam tão depressa que não podem me escutar

Será que Cristina volta, será que ela vai gostar
Será que nas horas mais frias das noites vazias não pensa em voltar?
Será que vem ansiosa, será que vem devagar



http://www.youtube.com/watch?v=0ugAV2-_8Uk